quinta-feira, 30 de julho de 2015

Estudando o Livro dos Médiuns (I - 1)

Parte I - Capítulo I - Há Espíritos?

Neste Capítulo, Kardec rever os princípios básicos da Doutrina Espírita já discutidos no Livro dos Espíritos.
  • Existência de Deus - "A existência da alma e a de Deus, consequência uma da outra, constituindo a base de todo o edifício, antes de travarmos qualquer discussão espírita, importa indaguemos se o nosso interlocutor admite essa base".
  • Imortalidade da alma - "O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele deixa, quando usada. Além desse invólucro material, tem o Espírito um segundo, semimaterial, que o liga ao primeiro. Por ocasião da morte, despoja-se deste, porém não do outro, a que damos o nome de perispírito."
  • Pluralidade das existências - "Dizei mais que as almas não atingem o grau supremo, senão pelos esforços que façam por se melhorarem e depois de uma série de provas adequadas à sua purificação; que os anjos são almas que galgaram o último grau da escala, grau que todas podem atingir, tendo boa vontade; que os anjos são os mensageiros de Deus, encarregados de velar pela execução de seus desígnios em todo o Universo, que se sentem ditosos com o desempenho dessas missões gloriosas, e lhes tereis dado à felicidade um fim mais útil e mais atraente, do que fazendo-a consistir numa contemplação perpétua, que não passaria de perpétua inutilidade. Dizei, finalmente, que os demônios são simplesmente as almas dos maus, ainda não purificadas, mas que podem, como as outras, ascender ao mais alto cume da perfeição e isto parecerá mais conforme à justiça e à bondade de Deus, do que a doutrina que os dá como criados para o mal e ao mal destinados eternamente. Ainda uma vez: aí tendes o que a mais severa razão, a mais rigorosa lógica, o bom-senso, em suma, podem admitir."
  • Pluralidade dos mundos habitados - "A que ficou reduzida a importância da Terra, mergulhada nessa imensidade? Por que injustificável privilégio este quase imperceptível grão de areia, que não avulta pelo seu volume, nem pela sua posição, nem pelo papel que lhe cabe desempenhar, seria o único planeta povoado de seres racionais? A razão se recusa a admitir semelhante nulidade do infinito e tudo nos diz que os diferentes mundos são habitados."
  • Comunicabilidade dos espíritos - "Desde que admitis a sobrevivência da alma, será racional que não admitais a sobrevivência dos afetos? Pois que as almas estão por toda parte, não será natural acreditarmos que a de um ente que nos amou durante a vida se acerque de nós, deseje comunicar-se conosco e se sirva para isso dos meios de que disponha? Enquanto vivo, não atuava ele sobre a matéria de seu corpo? Não era quem lhe dirigia os movimentos? Por que razão, depois de morto, entrando em acordo com outro Espírito ligado a um corpo, estaria impedido de se utilizar deste corpo vivo, para exprimir o seu pensamento, do mesmo modo que um mudo pode servir-se de uma pessoa que fale, para se fazer compreendido?"
Kardec conclui este capítulo com o seguinte parágrafo:

"Quando os adversários do Espiritismo nos provarem que isto é impossível, aduzindo razões tão patentes quais as com que Galileu demonstrou que o Sol não é que gira em torno da Terra, então poderemos considerar-lhes fundadas as dúvidas. Infelizmente, até hoje, toda a argumentação a que recorrem se resume nestas palavras: Não creio, logo isto é impossível. Dir-nos-ão, com certeza, que nos cabe a nós provar a realidade das manifestações. Ora, nós lhes damos, pelos fatos e pelo raciocínio, a prova de que elas são reais. Mas, se não admitem nem uma, nem outra coisa, se chegam mesmo a negar o que vêem, toca-lhes a eles provar que o nosso raciocínio é falso e que os fatos são impossíveis."

Carmem Bezerra

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Estudando O Livro dos Médiuns (0)

Decidi estudar com mais atenção o Livro dos Médiuns. Vou compartilhar com vocês o estudo.




Introdução

A versão que estou lendo é uma tradução do Dr. Guillon Ribeiro (presidente da FEB por quase 15 anos) e foi publicada em homenagem ao sesquicentenário da primeira edição (15 de janeiro de 1861) desse livro da codificação.


Anteriormente Kardec havia publicado "Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas" que serviu de base para o Livro dos Médiuns.


O Livro dos Médiuns está dividido em duas partes e 36 capítulos mostrados abaixo.

PRIMEIRA PARTE - Noções Preliminares

  • CAPÍTULO I — HÁ ESPÍRITOS?
  • CAPÍTULO II — DO MARAVILHOSO E DO SOBRENATURAL
  • CAPÍTULO III — DO MÉTODO 
  • CAPÍTULO IV — DOS SISTEMAS

SEGUNDA PARTE - Das manifestações espíritas 

  • CAPÍTULO I — DA AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE A MATÉRIA
  • CAPÍTULO II — DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS — DAS MESAS GIRANTES
  • CAPÍTULO III — DAS MANIFESTAÇÕES INTELIGENTES 
  • CAPÍTULO IV — DA TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
  • CAPÍTULO V — DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS
  • CAPÍTULO VI — DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS
  • CAPÍTULO VII — DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO
  • CAPÍTULO VIII — DO LABORATÓRIO DO MUNDO INVISÍVEL 
  • CAPÍTULO IX — DOS LUGARES ASSOMBRADOS
  • CAPÍTULO X — DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES
  • CAPÍTULO XI — DA SEMATOLOGIA E DA TIPTOLOGIA 
  • CAPÍTULO XII — DA PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA. DA PNEUMATOFONIA
  • CAPÍTULO XIII — DA PSICOGRAFIA
  • CAPÍTULO XIV — DOS MÉDIUNS 
  • CAPÍTULO XV — DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS
  • CAPÍTULO XVI — DOS MÉDIUNS ESPECIAIS
  • CAPÍTULO XVII — DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS 
  • CAPÍTULO XVIII — DOS INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE 
  • CAPÍTULO XIX — DO PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS CAPÍTULO XX — DA INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM 
  • CAPÍTULO XXI — DA INFLUÊNCIA DO MEIO 
  • CAPÍTULO XXII — DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS 
  • CAPÍTULO XXIII — DA OBSESSÃO 
  • CAPÍTULO XXIV — DA IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
  • CAPÍTULO XXV — DAS EVOCAÇÕES 
  • CAPÍTULO XXVI — DAS PERGUNTAS QUE SE PODEM FAZER AOS ESPÍRITOS CAPÍTULO XXVII — DAS CONTRADIÇÕES E DAS MISTIFICAÇÕES 
  • CAPÍTULO XXVIII — DO CHARLATANISMO E DO EMBUSTE
  • CAPÍTULO XXIX — DAS REUNIÕES E DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS
  • CAPÍTULO XXX — REGULAMENTO DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS 
  • CAPÍTULO XXXI — DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS 
  • CAPÍTULO XXXII — VOCABULÁRIO ESPÍRITA

Na Introdução, Kardec nos alerta que o desenvolvimento mediúnico depende da disposição física de cada um, mas que ela deve ter um emprego útil.

Carmem Bezerra

terça-feira, 28 de julho de 2015

Allan Kardec - Biografia

Acabei de ler a biografia de Kardec escrita por um amigo dele, Henri Sausse. O interessante do livro é que o livro consegue dar voz a Kardec, como se ele próprio fosse o autor. Não há nada de novo no livro. Inclusive é a base sobre tudo que já falou sobre o mestre lionês. Mas é um daqueles livro que terminamos e gostaríamos de reler. O autor é bem feliz em suas colocações e não esconde o grande carinho e apreço que tinha pelo codificador do Espiritismo. Vale a pena ler.


Carmem Bezerra