domingo, 21 de novembro de 2010

Médium consciente

O site http://msponline.org/frame/ apresenta um bom material sobre a mediunidade. Eu o imprimi e agora estou estudando-o. Esse trabalho usa, basicamente, a codificação e os livros de André Luiz para discutir tópicos importantes para quem trabalha na mesa mediúnica. Começo a entender vários pontos que antes eram obscuros para mim.

Ontem eu estava estudando o mecanismo mediúnico da psicofonia (Tema 28 do material disponibilizado). Gostaria de entender melhor o que se passa comigo na mesa mediúnica. Noto que os outros médiuns do grupo parecem ter uma maior sensibilidade. Em especial, tem uma médium que, normalmente, recebe espíritos sofredores e sempre leva um tempo para se recuperar após cada incorporação. Ela sofre junto com o irmão que se comunica.

Eu não tenho esta intensidade na comunicação. Eu sinto as coisas distantes e é muito difícil eu sofrer junto com o irmão que se apresenta. Acho que esta é a origem de todas as minhas dúvidas. Eu não consigo sentir na comunicação a mesma intensidade que vejo nos outros participantes do grupo.  Para mim, a comunicação é feita como se fosse algo impessoal. Eu apenas repito o que me vem a minha mente. Não me envolvo na questão.

Sei que cada médium trabalha de forma diferente. Cada um recebe o irmão que tem condição de ajudar.  Sou considerada pelas pessoas como uma pessoa de pouca expasividade. Nunca falo dos meus problemas com os outros e não demonstro os meus sentimentos. Acho que isto se reflete na mesa mediúnica.

O material estudado fala que 70% da psicofonia na mesa mediúnica são conscientes, ou seja, o médium capta o pensamento do espírito comunicante e pode, ou não, transmití-lo. Não há contato perispiritual neste tipo de psicofonia, pois as idéias são transmitidas telepaticamente. Além disso, pode ou não ocorrer a exteriorização do perispírito do médium. Acho que é isto que define a maior ou menor aproximação do espírito comunicante.

A comunicação passa  pelo livre-arbítrio do médium. Por isso, médiuns conscientes são assaltados com tantas dúvidas. Como ter certeza que as ideias que vem a mente não são nossas? Hoje em dia, eu gostaria apenas de ter esta certeza.

Talvez isto tudo seja uma prova para mim. Fico imaginando os erros que eu poderia cometer caso minha mediunidade fosse ostensiva. Seria apenas uma questão de tempo para eu me senti envaidecida. Não há dúvida quanto uma coisa: Deus sabe o que faz.

Carmem Bezerra