segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Palestra do Divaldo

Estive hoje na palestra do Divaldo na Hebraica. Como sempre ele foi maravilhoso. Consegue entre uma estória e outra, nos fazer rir e meditar. O tema da palestra foi "é possível ser feliz na Terra?". Ele mostrou que não somos felizes porque colocamos nossa felicidade em coisas efémeras. A verdadeira felicidade é entender a transitoriedade desta vida e aceitar os obstáculos que nos aparecem como coisas normais e esperadas. E principalmente, ajudar aos que estão ao nosso lado nesta caminhada. Esta ajuda pode significar apenas calar e não responder a uma frase infeliz ou pode ser não tirar conclusões precipitadas de fatos conhecidos.

Carmem Bezerra

domingo, 29 de agosto de 2010

Estudo: vibração, matéria e energia

Andei um pouco deprimida nestes últimos dias. Tem momentos na vida que parece que tudo está dando errado. Mil planos e mil fracassos. Olhando para trás, vejo que plantei em campo infértil e que agora estou apenas colhendo os frutos das minhas próprias decisões. É aceitar e seguir em frente. Não adianta ficar me lamentando. A vida segue, não há como perder tempo com lamentações. É hora de voltar a ocupar a mente com algo produtivo. Portanto, ao trabalho.

No capítulo X do livro "Estudando a Mediunidade", Martins Peralva fala sobre os mecanismos das comunicações mediúnicas. A questão é saber por que algumas pessoas ouvem e vêem espíritos e outras não conseguem. O autor discute inicialmente como a audição e a visão funcionam. A partir da exposição feita no livro é possível entender alguns aspectos da comunicação mediúnica.

Matéria

A matéria é definida pela ciência como energia vibrando em baixa frequência.  Existem três estados de agregação da matéria: sólido, líquido e gasoso. Portanto, tudo que conhecemos na Terra é energia.  Desde a mesa que usamos nas refeições até o ar que respiramos.

Audição

"Os sons audíveis possuem vibrações que vão de 20 Hz (ou 20 vezes por segundo) até 20.000 Hz (ou vinte mil vezes por segundo), faixa chamada de espectro de áudio. Os sons que não ouvimos estão abaixo (infrassons) e acima (ultrassons) deste intervalo."
http://www.proteve.net/som.html
 
Portanto, qualquer som abaixo ou acima desses valores não é perceptível pelo corpo físico.

Visão

"A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela cor."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor



O espectro visível varia o comprimento de onda de 400 nm a 750 nm. Ondas longas possuem menos energia que as curtas. Além disso, a frequência das vibrações das cores varia de 405 THz a 790 THz. Logo, não somos capazes de perceber a luz fora desses limites.

Por exemplo, a cor vermelha tem comprimento de onda entre 625 e 740 nm e frequência de 405 a 480 THz, enquanto a cor violeta tem comprimento de onda entre 380 e 440 nm  e frequência de 680 a 790 THz . Portanto, a cor vermelha tem maior comprimento de onda e menor frequência quando comparada com a cor violeta.

Conclusão

Os desencarnados vibram em uma frequência que os olhos e os ouvidos dos encarnados não são capazes de notar. Os médiuns conseguem ouvir e ver os espíritos graças ao corpo espiritual (perispírito) e não ao corpo físico.

Além disso, segundo Peralva, as entidades luminosas precisam, muitas vezes, reduzir o seu tom vibratório, tornando mais densos seus perispíritos, para que os médiuns possam sentir a sua presença.

Carmem Bezerra

sábado, 21 de agosto de 2010

Dúvidas

A reunião mediúnica desta semana me deixou preocupada. Nas comunicações anteriores, eu normalmente via uma imagem e depois frases que me permitiam montar uma estória. Na psicofonia, as respostas chegavam à medida que o esclarecedor fazia as perguntas. Desta vez, a imagem não era nítida e tive dificuldade para entender qual era a estória. Quando o esclarecedor começou a fazer perguntas, me senti um pouco perdida, como não soubesse o que responder. Fiquei em duvida se não forcei a barra.

Na hora, dei como causa a gripe que estava me recuperando e o cansaço do dia de trabalho. Mas terá sido só isso? Será que estou desaprendendo o pouco que já aprendi?

Ontem, no centro, um tarefeiro da casa falou para o grupo de médiuns que o desenvolvimento da mediunidade não é fácil e que devemos persistir. Senti que o recado era para mim. Mas não consigo deixar de me sentir confusa. Estou sempre com medo de estar enganando as pessoas que gosto.

Carmem Bezerra

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O psicoscópio

Eu estou lendo "Estudando a Mediunidade" de Martins Peralva. Este livro discute "Nos domínios da Mediunidade" do Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier. O capítulo V do livro de Peralva e o capítulo 2 do livro de André Luiz discutem o psicoscópio.

"Esse aparelho possibilita identificar as vibrações da alma e observar a matéria, tudo isso sem grande concentração mental. Com ele, os Espíritos classificam, de imediato, as possibilidades de um médium ou de um grupo mediúnico, segundo as radiações que projetam: a moralidade, o sentimento, a educação e o caráter."  http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_nosdominiosdamediunidade.html

O assistente Áurus explica o psicoscópio para André Luiz da seguinte forma:
    "É um aparelho a que intuitivamente se referiu ilustre estudioso da fenomenologia espirítica, em fins do século passado. Destina-se à auscultação da alma, com o poder de definir-lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em torno da matéria – esclareceu Áulus, com leve sorriso. – Esperamos esteja, mais tarde, entre os homens. Funciona à base de eletricidade e magnetismo, utilizando-se de elementos radiantes, análogos na essência aos raios gama."

Peralva acredita que o mentor espiritual se referia a Alfred Erny, autor do livro "O Psiquismo Experimental", quando falou em ilustre estudioso da fenomenologia espirítica.

"O Psiquismo Experimental é uma obra espírita clássica, publicada originalmente em francês, pela editora Flammarion, em Paris, no ano de 1895. Nela o autor faz uma exposição compacta dos principais fenômenos mediúnicos investigados pelos grandes pesquisadores do século XIX, além de suas próprias experiências psíquicas, e analisando-os à luz do entendimento científico e espírita existentes à época."  http://www.autoresespiritasclassicos.com/


No Brasil, o delegado e pesquisador João Alberto Fiorini de Oliveira da Polícia Científica do Paraná desenvolveu um aparelho que tem as características apresentadas no livro de André Luiz.

"O Dr Fiorini explica que a luz da máquina acende graças a energia estática do corpo e seu objetivo é captar as variações eletromagnéticas do meio ambiente e do médium, principalmente às relacionadas com a queda de temperatura no momento da comunicação com o outro mundo.
Geralmente, quando ocorre a incorporação, a temperatura ambiente esfria cerca de 10 a 15 graus devido à locomoção da entidade de uma esfera superior para a nossa dimensão. O pesquisador, afirma que o fenômeno ocorre, mesmo sem corrente elétrica, em razão do impulso provocado por uma força exterior."
http://telacrente.wordpress.com/2010/05/16/tudo-sobre-o-psicoscopio

É interessante notar que a ciência humana começa a comprovar informações trazidas pelo mundo espiritual há mais de 70 anos. Quando os cientistas das academias voltarem a estudar os fenômenos espíritas com seriedade, acharão na codificação kardecista respostas para muitas das suas indagações.

Carmem Bezerra

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Resposta rápida

Ontem, após ter colocado a primeira postagem no blog, fui fazer o Evangelho no Lar. Ao abrir o "Evangelho segundo o Espiritismo" me deparei com o Capítulo XXVIII de Coletâneas de Preces Espíritas. Era uma oração para os médiuns (pag. 419).

O texto inicial de Kardec fala da mediunidade e da necessidade de vigilância e de estudo.

    "O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos tem de trabalhar por melhorar-se. O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu fim providencial. "


O texto termina com uma oração para os médiuns.


    "Deus onipotente, permite que os bons Espíritos me assistam na comunicação que solicito. Preserva-me da presunção de me julgar resguardado dos Espíritos maus; do orgulho que me induza em erro sobre o valor do que obtenha; de todo sentimento oposto à caridade para com outros médiuns. Se cair em erro, inspira a alguém a idéia de me advertir disso e a mim a humildade que me faça aceitar reconhecido a crítica e tomar como endereçados a mim mesmo, e não aos outros, os conselhos que os bons Espíritos me queiram ditar.
    Se for tentado a cometer abuso, no que quer que seja, ou a me envaidecer da faculdade que te aprouve conceder-me, peço que ma retires, de preferência a consentires seja ela desviada do seu objetivo providencial, que é o bem de todos e o meu próprio avanço moral. "

Como espírita, sei que não existem coincidências. Acho que alguém já leu o meu blog.

Carmem Bezerra

domingo, 15 de agosto de 2010

Iniciando a tarefa

Há algum tempo tenho a ideia de começar um blog com o objetivo de discutir a mediunidade.  Sou médium iniciante (insegura, indecisa e preocupada) em uma casa espírita na cidade do Rio de Janeiro.

Nunca fui médium ostensiva, sempre fui mais facilmente identificada como pessoa sensível, nervosa e estrassada. Mas após anos de ESDE, decidi que era hora de estudar a codificação mais a fundo e me escrevi em um curso de mediunidade. Durante esse curso, para minha surpresa, psicografei alguns pequenos textos. Não eram textos meus, disto eu tenho certeza. Alguns eram de uma beleza poética que não me imagino escrevendo-os (sou mais chegada a um drama).

Depois do curso, fui chamada a trabalhar na mesa mediúnica. Fiquei surpresa, mas aceitei sem pensar duas vezes. Imaginei que eu assim poderia melhor desenvolver a pscicografia. Para minha surpresa, aos poucos comecei a trabalhar com a psicofonia. Mas aí começou o meu drama de incertezas.

Sei que o animismo é normal na mediunidade, mas não consigo deixar de me questionar a cada dia se não sou uma fraude. E se eu estiver enganando o grupo com quem trabalho e que gosto tanto? Eles parecem confiar tanto em mim.

Sempre gosto de pesar os dois lados de uma questão e usar a lógica (e também um pouco de drama) para chegar a uma conclusão. Vejamos.

Motivos para eu ser uma fraude:
1 - sempre fui uma apaixonada por cinema, televisão, teatro, etc - não estarei tirando daí as estórias que trago para a mesa medúnica?
2 - nunca tive na minha vida qualquer evento que me apontasse como médium (apenas umas pequenas estórias, mas tudo muito normal);
3 - desde que entrei no espiristismo desejei ser médium, o oculto sempre me fascinou.

Motivos para eu ser uma médium:
1 - as psicografias (ainda as recebo) definitivamente não são minhas - terá sido a psicografia apenas um canal para o início do meu desenvolvimento mediúnico?
2 - as estórias vividas na mesa medúnica não estavam no meu consciente antes da reunião - não é possível que eu tenha um arquivo tão grande de estórias arquivadas no subconsciente e que eu consiga resgatá-las com tanta facilidade.
3 - o centro que eu frequento possui pessoas com alta capacidade moral e mediúnica - eles não me colocariam no trabalho se achasse que eu não tenho condição.

Os motivos para eu me considerar médium e continuar no trabalho parecem ser mais sólidos. Mas não consigo deixar de lado as minhas dúvidas. Gosto muito do grupo e rezo para não ser eu o motivo de qualquer problema.

Carmem Bezerra